quinta-feira, setembro 21, 2006



"Uso a imagem da flor de cacto, porque acredito que podemos e devemos fazer uso de nossas potencialidades para proferir a crítica mais severa aos desmandos da civilização, em qualquer de suas formas, sem, entretanto ficar de mal com a vida. Toda reflexão crítica marcada pela amargura dificulta ou impede de ver o embrião da flor de cacto em sua provável condição de emergir a qualquer momento. Além disso, vale lembrar que os efeitos do ressentimento e da amargura não geram o desejo de vida, e que, portanto, somos mais úteis ao mundo transformando dores em alegrias, do que espalhando espinhos.

Somos responsáveis, queiramos ou não, pelo desenvolvimento de uma visão de mundo, de universo, de sociedade, de homem. E porque somos seres na linguagem, esse fato tem conseqüências teóricas e práticas. Nenhuma interpretação do mundo e dos fenômenos é incolor, inodora, ingênua ou inconseqüente. Por isso é melhor carregar nas cores que produzem vida, movimento e transformação, do que nos limitarmos ao retrato em preto e branco."


Maria da Conceição de Almeida

2 comentários:

Kazeredo disse...

Salve Maria da Conceição!!!!!!Disse tudo!!!!!!!
Beijos
Karla

KDU disse...

A Ceiça é ótima!!!
É do grupo de complexidade de Natal!!