sexta-feira, maio 26, 2006

terça-feira, maio 23, 2006

registrando tudo... captando as interações...



E frente à câmera,
o ballet espontâneo dos corpos...
nos deslocamentos pelo espaço,
nas aproximações e recuos,
nas partidas,
nas chegadas...
no contato das mãos, o calor, a proximidade dos olhares...
expectativas, comemorações,
dificuldades...
tudo manifesto no gesto...
no rosto,
na postura.
Registrados pra sempre...
pra poder retornar,
resgatar,
perceber... a importância de estar e de ser na relação.
o lugar no olhar,
a confiança e a ação.

Só rindo...

domingo, maio 21, 2006

... produções ...


Da mais alta janela da minha casa
Com um lenço branco digo adeus
Aos meus versos que partem para a Humanidade.

E não estou alegre nem triste.
Esse é o destino dos versos.
Escrevi-os e devo mostrá-los a todos
Porque não posso fazer o contrário
Como a flor não pode esconder a cor,
Nem o rio esconder que corre,
Nem a árvore esconder que dá fruto.

Ei-los que vão já longe como que na diligência
E eu sem querer sinto pena
Como uma dor no corpo.

Quem sabe quem os terá?
Quem sabe a que mãos irão?

Flor, colheu-me o meu destino para os olhos.
Árvore, arrancaram-me os frutos para as bocas.
Rio, o destino da minha água era não ficar em mim.
Submeto-me e sinto-me quase alegre,
Quase alegre como quem se cansa de estar triste.

Ide, ide de mim!
Passa a árvore e fica dispersa pela Natureza.
Murcha a flor e o seu pó dura sempre.
Corre o rio e entra no mar e a sua água é sempre a que foi sua.

Passo e fico, como o Universo.


Alberto Caeiro
(O Guardador de Rebanhos)
XLVIII - Da Mais Alta Janela da Minha Casa

quinta-feira, maio 18, 2006

CONTEXTO



Contentando-me em ser parte,
fazer parte do contexto...
E do mesmo modo ser Todo: englobando
prosa e poesia.
Percebendo-me destacado do fundo,
figura que se apresenta...
E no mesmo gesto tornando-me o pretexto, a moldura.
Parte da paisagem e olhar todo...

Contemplando-me em sendo todo,
diferenciado da trama...
E igualmente afeito ao Tudo: envolvendo
profanação e santidade.
Indagando-me como ator ou objeto,
enquadramento que me arrebata...
E de uma só vez, também liberta.
Totalidade dos sentidos e parte do mundo...

segunda-feira, maio 15, 2006

Olhares

II - O Meu Olhar

Alberto Caeiro
"O Guardador de Rebanhos"

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E, de vez em quando, olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...

domingo, maio 14, 2006

Amor Victorious


Caravaggio

Amor Victorious

1602-03
Oil on canvas, 156 x 113 cm
Staatliche Museen, Berlin

MALE FEMALE

Jackson Pollock (1912-56)













Male and Female
1942 (240 Kb); Oil on canvas, 73 1/4 x 49 in; Philadelphia Museum of Art

domingo, maio 07, 2006

Dados



Fonte: Relações Anuais de Informações Sociais (Rais) de 2003, do Ministério doTrabalho, e dados parciais do Censo dos Profissionais do Magistério de 2004, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).


Pesquisa


Amanhã tem pesquisa de campo.
Vou em busca de indícios...
Eu e minha filmadora.
Pra registrar e poder rever e rever...
Interações do Corpo/Identidade Masculino nos Cuidados com a Infância.
O professor homem, 'regente' de turma, e seus alunos.
Raro, mas existente, e segundo alguns autores, necessitando de expansão...
Vou em busca de dados que corroborem essa idéia ou ao menos clarifiquem o que isso significa...

quinta-feira, maio 04, 2006

QUÍRON

Quíron foi uma das figuras mais nobres e inteligentes da mitologia. Em sua origem, Quíron era um deus da medicina na mitologia tessaliana, mas se tornou um centauro imortal na mitologia grega, que tinha maior aceitação. Apesar de os centauros geralmente serem selvagens e indomáveis, Quíron era exceção. Destacou-se por sua inteligência e seu conhecimento de medicina foi legendário.

Quíron nasceu da união do deus Saturno e da ninfa Phylira. Sua dupla natureza, metade homem, metade cavalo, se explicava pelo fato de seu pai ter assumido a forma de um cavalo para conquistar Phylira. Rejeitado pela mãe foi levado ao Olimpo para ser ensinado pelos deuses. Tornou-se um sábio nas artes de guerra, da música, da terra, da astrologia, da cura e da medicina. Por sua extrema sabedoria, ganhou o dom da imortalidade e ficou conhecido como deus da cura. Ele ensinou heróis com Aquiles, Jasão, Hércules entre muitos outros.

Certa vez, ao acompanhar Hércules, entrou em um confronto com outros centauros. Hércules ,que havia matado a Hydra de Lerna, lança uma flecha contendo o sangue da Hydra em direção ao rei dos centauros. Ao perceber isso, o rei desvia e a flecha atinge a coxa de Quíron. A imortalidade impediu que ele morresse com o veneno da Hydra de Lerna. No entanto, o veneno era tão forte que abriu-lhe uma ferida incurável e de insuportável dor. Nem mesmo sua sabedoria foi capaz de curá-lo, ficou conhecido como o Curador Ferido. Em uma atitude nobre, pede a Zeus que lhe tire a imortalidade e a transfira a Prometeu (que estava sendo castigado por ter roubado o fogo dos deuses) para que possa morrer e acabar de vez com a dor de sua ferida. Por tal atitude, Zeus o imortaliza na constelação de Sagitário.

Fonte: Wikipédia

HOMO SAPIENS DEMENS