quarta-feira, abril 19, 2006

De Einstein para Tagore

"Se a lua, no ato de completar seu caminho eterno em volta da terra, fosse dotada de auto-consciência, iria se sentir bem convencida que fazia sua viagem de sua própria vontade, baseada em uma resolução feita de uma vez para toda a eternidade.
Da mesma forma, um Ser dotado com introspecção maior e inteligência mais perfeita, olhando para o Homem e suas realizações, iria sorrir da sua ilusão de estar atuando com sua própria livre vontade.
Essa é a minha crença, apesar de saber muito bem que não é totalmente demonstrável. Se pensarmos, até as últimas conseqüências, sobre exatamente o que sabemos e entendemos, não haveria quase nenhum ser humano que seria insensível a este ponto de vista, se sua auto-estima não atrapalhasse. O Homem se defende de si mesmo ao ser identificado como um objeto imponente no curso do Universo. Mas por que as leis dos acontecimentos, tais como se desmascaram mais ou menos claramente com a natureza inorgânica, deveriam cessar de funcionar quando confrontados com as atividades nos nossos cérebros?"

Fonte: PRIGOGINE, I. Ciência, Razão e Paixão - EdUEPA - Belém - 2001 Pág.25

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